sexta-feira, 23 de julho de 2010

Baby. Babyluv.

"E enquanto a água lhe batia nos ombros, um súbito pensamento lhe ocorreu: Pra onde foi tudo aquilo meu Deus, pra onde?
Então as palavras começaram a querer sair, se revoltar e se embolar em perigosas e enroscadas guinadas de uma necessidade desconhecida. Porque ela precisava, de alguma forma, e de preferência agora, deixar aquelas palavras pra alguém. Pra alguém que estava longe e provavelmente nem fazia ideia da confusão que tinha criado naquela mente paranóica e compulsiva.
Então foi pra frente do pc. Esperou. Esperou mais um pouco. Sabia que tinha que falar, sabia que queria falar. Mas na hora de realmente meter bronca cadê as palavras corajosas, revoltadas?

Achou melhor aumentar o volume da caixa de som e deixar o idioma oriental preencher o quarto, as paredes, a pele. Pra fazer algum sentido, e ao mesmo tempo sentido nenhum. Mais uma vez se enrolar em si mesma e espanar."

2 comentários:

Matheus Oliveira disse...

Tecnicamente, ela foi pra frente do PC e escreveu. Mas não escreveu o que pensava. Escreveu o que pensava enquanto pensava no que ia escrever.


E faltaram palavras para escrever o que queria, o que ia e o que preferia escrever.

Carla Jemima disse...

Matheus: Hum???

Uma (FORTE) influencia de Love, ou é só impressão minha?
Rs
Post legal!
Bjs